A chegada a este porto criou alguma inquietação em James. Quando o barco atracou não havia ninguém no cais, como se fosse um lugar abandonado. Os passageiros que iam saindo desapareciam por entre as várias ruas que, como portas, se abriam para o cais. A cidade era um ermo corrido pelo vento e as casas feias, de janelas com olheiras e língua de fora, impossibilitavam imaginar qualquer aconchego. Mesmo o sol e a sua luz eram frios e cheios de poeira. Ao errar pelas ruas ia cruzando esquinas e dando com novas fileiras de casas iguais. Quando passou pelo mesmo sítio pela segunda vez entrou por uma porta para não se deixar engolir naquele labirinto.
Uma vez dentro foi avançando, abrindo portas, que lá deverão estar por causa do frio, até que chegou ao fundo de umas escadas. Não se via ninguém dentro da casa. Subiu as escadas e à direita estava uma pequena sala. Tinha um ar acolhedor, duas cadeiras de baloiço, uma mesa e um grosso tapete junto a uma lareira acesa. Deixou-se ficar numa cadeira a apanhar o calor. Com o corpo aconchegado James questionou-se porque não estaria ninguém na casa. Levantou-se e foi ao quarto ao lado que tinha duas camas e uma outra porta. Do lado de lá desta porta havia uma outra sala, parecida com a primeira, com uma escada. Ao fundo da escada estava uma ampla sala. James começou a suspeitar que a casa devia ser enorme.
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