sábado, 4 de agosto de 2012

Dia 4 - Eveline

Hoje atravessámos uma montanha através do seu cume. O caminho, que inicialmente era largo, estreitou até mal deixar passar uma pessoa. De ambos os lados a encosta era íngreme. A única alternativa era continuar em frente. A encosta Sul era feita de pedras e penhascos que se precipitavam até muito lá abaixo. Já a encosta Sul, embora fosse igualmente abrupta, estava coberta por alguma vegetação que não revelava a natureza do solo.

Caminhávamos rápido quando vislumbramos alguém há nossa frente. Movia-se com alguma hesitação, saracoteando-se entre aqueles dois precipícios. Voltou-se quando nos pressentiu. Era de estatura baixa e tinha qualquer coisa de índio. Possuía uma daquelas belezas que desaparecem repentinamente com a idade. Isso era agora patente no seu rosto que, quando olhava para nós, cambiava entre o jovem e belo e o tosco e cansado. Chamava-se Eveline.

Sem comentários:

Enviar um comentário