quinta-feira, 28 de maio de 2015

chip no cão

Quando haverá alguém que se revolte com o chip no cão?

Sim, dizem que é por amor. Medo de perder o animal. Mas que raio, não pode um animal que gosta de nós um dia partir, assim, sem mais nem menos, ao deus-dará, sem uma justificação, não porque não goste do dono, mas porque sim, por descuido, desleixo, ou uma partida do olfato.

Lá está a porra do chip para o trazer de volta, o entregar a quem de direito, ao amor certinho e acomodado, até que a morte os separe, o cão primeiro, claro, que até nisso os cães são os melhores amigos do homem.

Bem sei que o chip é apenas a extensão da coleira, tal como a enxada o é do braço, o polegar está na génese da ferramenta, o cão a ferramenta do afeto e blá blá blá. Mas o que é que um cão, que não tem polegar, tem a ver com isso, basta-lhe abocanhar a comida e babar-se quanto baste.

Uma extensão perfeita. Com a coleira, um puxão e vai que corre dono, arfa que gostas de mim, palpita que não me queres perder, promete-me carícias a ver se eu volto. Mas agora com a merda do chip, qual quê.

Quando haverá alguém que se revolte com o chip no cão?