segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Pensar em tempo de crise

Em tempo de crise é importante repetir aquilo que sai do mainstream, por isso umas citações de José Pacheco Pereira que vale a pena ler e pensar, e um incentivo para ler os posts na totalidade...

- A crise que atravessamos não é apenas económica, social e financeira, é também uma crise da democracia. Ela surge já há vários anos de forma larvar e agora apresenta-se com cada vez maior clareza aos nossos olhos. A crise do sistema económico capitalista, aquilo a que muitas vezes se chama eufemisticamente “economia de mercado”, impregna inevitavelmente a democracia como sistema político, arrastando-se numa crise conjunta. É irónico que poucos anos depois da afirmação universal do “fim da História”, pela vitória universal da democracia, se veja esta resvalar para uma “democracia restritiva”, com o retorno de velhas ideias sobre o “governo das competências” e a tecnocracia.

Em http://abrupto.blogspot.com/2011/11/o-mundo-que-estamos-criar-4-mas-ha-pelo.html:
- Salazar pensava assim, que a pobreza era uma virtude e muitos dos nossos governantes, como acham que tudo o que a mão do estado toca é por natureza impuro, aconselham dieta aos magros, como se a mortificação a que eles presidem fosse um castigo divino executado pela troika e seus mandantes.
- E acima de tudo não precisamos de todo da antipatia activa com os que estão a perder, como se eles fossem os culpados do que nos está a acontecer. Ou será que alguém pensa que um banqueiro, desses que influenciaram e patrocinaram a política de todos os nossos governos, tem menos culpas do que um motorista da Carris? É que parece que sim.
 
- Em democracia os "custos" dos direitos não os põem em causa e é por isso que há para aí uma vaga antidemocrática, demasiado unanimista, que nos empobrece a cabeça numa altura em que também empobrecemos nos nossos bolsos. E a verdade é que o empobrecimento do pensar, a raiva contra o dissenso, o unanimismo do único, tem efeitos ainda mais devastadores do que a troika. E para mim já me basta esta, para que agora me ponha na fila do rebanho. Tem também custos, mas quero lá saber.

domingo, 23 de outubro de 2011

Democracia

Os problemas económicos que enfrentamos escondem um perigo mais profundo, o questionar do sistema democrático.

Esse perigo está aí, e começa por nós nos coibirmos de exercer a nossa liberdade pela necessidade. Quando isso acontece já a perdemos de facto e facilmente nos a retirarão de jure.

Esse perigo está aí, e começa por nós exercermos a nossa liberdade de forma inconsequente. Facilmente gastaremos energia no acessório e quando chegar a altura de defender o essencial estaremos esgotados.

Mais do que nunca é necessário que as pessoas procurem exercer a cidadania, o que não é fácil numa sociedade que saiu da ditadura com uma revolução militar e que pouco depois ficou imergida num bem estar subsidiado pela Europa.

PS: Citação de Benjamin Franklin no Abrupto

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Da Grécia e De Portugal

As diferenças entre a Grécia e Portugal são abissais. Lá revoltam-se, aqui  organizamos-nos para resolver o problema. Lá acham que algo está mal no sistema, aqui achamos que algo está mal em nós. Provavelmente ambos têm um pouco de razão. Por um lado vivemos acima das nossas possibilidades e por outro os cidadãos perderam o controlo de como têm sido gastos os seus impostos. E ambas as situações devem ter contribuído para o défice. As questões são:

- Como se pode produzir mais? 
- Como é que vai ser o financiamento dos partidos, e a sua sequência de "toma lá dá cá" que se prolonga antes e depois do financiamento? 

Não vai ser suficiente responder a apenas uma das perguntas. 
E não é um problema de somenos importância que quem está a tentar responder à primeira pergunta faz parte do problema da segunda.

domingo, 16 de outubro de 2011

Quando sabes onde queres chegar o caminho é irrelevante

O apresentador aponta para uma parte de um gráfico que diz mostrar um aumento nos últimos anos, mas de facto o parte do gráfico que refere é contante nesse período. Quando lhe fazem notar que algo está errado repara que é a outra parte do gráfico a que se queria referir.

De facto, quando estamos convencidos dos resultados a que queremos chegar já não olhamos para o caminho.

Se há alguma relevância nas filosofias/religiões orientais, como o Budismo, é toda a estrutura argumentativa que desvaloriza o resultado ou fim, o que obriga a pessoa a concentrar-se na única coisa que resta, o caminho.

sábado, 15 de outubro de 2011

Significados II

o que é que 
aquilo das garrafas
 quer dizer encolhe
 os ombros quem leu
 eu não eu li era
 sobre as diferenças 
diferentes tipos de
 vinho sim sim diferentes
 tipos de vinho parece 
que bebe de certeza pois
 as garrafas estavam
 vazias branco e tinto
 tanto faz, branco
 ou tinto... por isso
 começam as garrafas
 a dançar pois pois
 dançar e já com algumas
 dificuldades de ler as
 letras pequenas pequenas
 letras letras pequenas 
letras pequenas e letras
 garrafais pequenas e
 garrafais que confusão
 daí a dança e andam aos 
safanões isso não é nada simpático 
e salta a rolha coisa que nunca deve 
acontecer mas como pode saltar depois de
 estarem vazias é o efeito de beber beber nunca nunca beber 
nunca beber nunca beber nunca beber e dançar com moderação  com
 moderação moderação moderação moderação e há tudo o resto que resto 
o homem e a mulher e o encher e o voar não devemos esquecer as invejas
sim sim as invejas e as calinadas na gramática ah as calinadas na gramática é de
certeza da timidez será pode ser mas não esquecer os copos de vinho sim de vinho
será que bebe no avião no avião nunca beber nunca beber nunca beber nunca beber
nuca beber nuca ou nunca cuidado com a gramática perdão nunca foi erro ao escrever como nunca foi erro ao escrever foi erro agora mesmo ao escrever nunca foi erro ao escrever nunca ao escrever nunca ao escrever nunca ao escrever nunca ao escrever nunca ao escrever nunca ao escrever nunca ao escrever nunca ao escrever nunca ao es

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Significados

As duas garrafas vazias estão lado a lado. Porque estarão lado a lado?

Um rótulo com o nome em letras garrafais, o outro cheio de pequenas letras que não consigo ler. Estarão zangadas?

De pequenas letras? Estará de avesso com a gramática?

De branco uma, de tinto a outra. Todos diferentes todos iguais?

A de rótulo preto é uniforme a realça o gargalo comprido, mas que a de amarelo é arredondada e tem uma tira a enfeitar o gargalo. Serão homem e mulher?

Uma chegou primeiro, a outra mais tarde. Será para fazer companhia?

De Portugal uma, da Bulgária a outra. Terá a ver com da crise europeia?

A que andou de avião está a contar como foi. É uma caso de gestão de invejas?

Já não me lembro qual me soube melhor. Estarão a discutir?

Aprumadas, lado a lado, estão a dançar com certeza. Será tango, com tanta certeza?

Parecem animadas. Dançarão sob os efeitos do vinho?

A dançar, uma dá um safanão à outra. Será que lhe saltou a rolha?

Vazias. Será que alimentam esperança de voltar a encher?

E se encherem? Será para me satisfazer?

Especadas, frente a frente. Será que afinal não se conhecem?

Se calhar é timidez. E se beberem um copo?

Se beberem. Será que isso lhes vai dar a volta ao rótulo?

Bom, ao menos assim poderia ler o nome da refractária.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Tire a bota! Não espere...

O ambiente é de guerra. Ouvem-se tiros e pessoas a gritar. O cameraman diz a um soldado que está sentado, "Tire a bota!", mas é interrompido pela jornalista que diz, "Não espere...", e explica ao cameraman que o jornalista não deve intervir na realidade. De seguida diz ao soldado que a decisão de tirar ou não a bota é dele apenas. O soldado com um ar triunfante diz, "Eu decido tirar a bota", e tira a bota enquanto o cameraman filma.

Recordo esta história de um filme de que já não recordo o título. Tenho a vaga ideia que a cena se passava na Nicarágua e que o soldado era um contra. Do filme não recordo mais nada.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

I forgive but I do not forget

"I forgive but I do not forget" is a sentence Nelson Mandela mentioned.

He forgives because he does not want to become the same stuff his perpetrators are made of, but he does not forget because he has learned.

However, some may interpret it as a sign of weakness.

sábado, 8 de outubro de 2011

Friedman++

Nos 100 dias do actual governo de Portugal, o jornal Público titulava que o governo se guiava pela Troika e pelas ideias Liberais.

A história da Halliburton e da guerra do Iraque, incluindo os seus soldados privados, testam os limites do liberalismo. Onde começa e termina o estado e onde começa e termina o privado. Nestas histórias parece que afinal está tudo muito misturado, e que os contribuintes do EUA têm uma diminuta capacidade de controlar os gastos do seu dinheiro na guerra, e a qual é ainda mais reduzida quando é dado a empresas privadas.

Por aqui acredita-se que apenas por se privatizar os serviços públicos se vai poupar dinheiro. Se os contribuintes não tiveram mecanismos para controlar os gastos do seu dinheiro, quando este era gerido por  organizações públicas, será que vão passar a ter quando este for gerido por instituições privadas? 

Há uma cegueira quando se procura aplicar ingenuamente as ideias liberais ao dinheiro dos contribuintes. A esta cegueira pode-se chamar de Friedman++. Chega-se a um ponto em que o comprometimento com as ideias liberais é tal que já não se pensa. Será pura magia.

Mas claro que no meio dessa cegueira haverá sempre alguém que vai ver boas oportunidades de negócio. Esperemos que não sejam alguns dos antigos gestores, por nomeação política, das organizações públicas que vão acabar. Mas se forem, dir-se-à que eles é que percebem do negócio.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

silence

for a while, he quested after truth
and then, one day, he realised
either by tiredness or by boredom
that only those who live in lie can find it

terça-feira, 4 de outubro de 2011

The Butterfly - A Poem by Rowlf

I saw a butterfly one beautiful morn
Flitting silently on the dew-covered lawn
And I thought to myself how wonderful it would be
If only we could see
Millions of these
Covering the mountains, the plains, and the seas.
I held out my hand
And motioned it to land
And as it did, I looked for another butterfly with which to mate it
I couldn't find one so I sat down and ate it.

(The Muppet Show - Season One Episode 20)

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Questões de Moral

Sempre que tenho disponibilidade, na Segunda às 23:00, sento-me no sofá, ligo a rádio e fico a ouvir Questões de Moral, um programa de Joel Costa na Antena 2. Àquela hora da noite, Joel Costa tem uma voz de questionador solitário. Numa época em que tudo se mede pelo número de respostas é delicioso ouvir uma hora só de perguntas.

Aos dezasseis anos decidi trabalhar um café durante o verão. Junto à caixa registadora estavam algumas moedas. Os colegas explicaram-me que esta era a forma do patrão testar os novos empregados, ver ser sucumbiam à tentação. Esta é a resposta da direita à questão de moral, a pessoa íntegra deve ser capaz de resistir às tentações que lhe colocamos à frente.

Os filmes de Luis Buñuel são sobre a moral. Num conhecido clássico, El ángel exterminador, mostra como as relações entre um grupo de convidados se vai degradando por inesperadamente terem de ficar todos no mesmo local. Esta é a resposta de esquerda à questão de moral, se as condições económicas ou sociais se deteriorarem o animal manifesta-se.

Numa altura em que o desemprego começa a deixar de ser uma miragem a questão que se levanta é: E se forem os trabalhadores a colocarem as moedas para o patrão escolher quem é íntegro? Esta sim, junta as respostas da direita e da esquerda à questão de moral, é uma Questão de Moral.

domingo, 2 de outubro de 2011

tender mirrors

- lindaaa ♥

- olha quem falaaaaaa

- ? a nem por sombraas !

- isso é o que tu pensas mas n é verdade!!!

- é verdade siiim !

- Obrigada!!!

- de nada ^.^

- okay okay xD

- A minha Princess é Perfeiita ♥

- oiwhh :$ que fofinhaaa ♥

- Também és (L)

- de nada, népia, não sou

- pois nao - nao és gira és Liindaa!!

- Ohh obrigada, a sério

- nada disso Princess

- ok, obrigada, és muito querida !

- ‎(ahaha xD) ok

- ‎sou tanto como tu!

- P-E-R-F-E-C-T- ♥

- Oh obrigada mas n

- SIM*

- ahahaha ok

- Linda a minha amiga

- Oh és tão fofa 

- ohh obrigada

- agora sao minhas irmanzinhas do coração voces sao lindas tanto uma com a outra

- de nadaaaaa

- Giraa !!

- Obrigada 

- de nada @@

- linda ^.^

- Obrigadaa 

- ahahahahha so tuuuuu mesmo Di!

- olha quem falaaaaaa

- nao achas aos meus pes so se for gatinhos peludos

- aahahahahaahahah tu és mt mais bonitaaaa

- E tu tb

- linda

- Obg ♥!

sábado, 1 de outubro de 2011

E agora?

Não é fácil saber o que vai acontecer a seguir. A separação entre o espaço económico e o espaço nacional criou uma situação nova. Os governos, em particular os republicanos nos EUA, tomaram decisões políticas com um impacto económico transversal ao espaço que os elegeu. Estas decisões permitiram aumentar os lucros de empresas de uma forma desproporcional relativamente ao retorno que o seu sucesso trouxe no país de origem.

O desfasamento caracteriza-se por, os eleitores de um país elegem um governante, este governante toma decisões que permitem aumentar os lucros de empresas, os lucros dessas empresas não têm um impacto significativo no país. A mudança mais significativamente visível é o aumento das diferenças socias nestes países. 

Nos EUA levanta-se a questão adicional relativamente ao que lhe resta, o seu poderio militar. As intervenções militares, tal como tudo o resto nas decisões económicas recentes, caracterizaram-se pelo lucro imediato e a falta de uma visão estratégica.

Em tudo isto não se consegue vislumbrar um processo de retroalimentação positiva. Parece ser um ciclo insustentável.

sábado, 24 de setembro de 2011

A vingança do chinês

O déficit da Alemanha parece ser superior ao que se pensava.

No século XIX o Império Britânico impôs à China o consumo de ópio, numa política que deu dinheiro às companhias Britânicas e amoleceu um gigante.

Agora a China mantém a sua moeda artificialmente baixa, para continuar a inundar o mundo ocidental de produtos muito baratos, aos quais não conseguimos resistir.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

A boiar

Obama não quer reconhecer o estado da Palestina, embora fosse o mais sensato. Passos Coelho não diz o que deveria dizer sobre Alberto João, embora devesse.

Ambas as atitudes caracterizam a política a feijões. Obama e Passos Coelho pensam sempre no que podem perder. É a estratégia do boianço, que funciona, e de acordo com os estrategas faz ganhar eleições.

O problema é que como vivem a boiar vão perdendo a capacidade de voar. E duas coisas acontecem a quem se afunda no boianço: (1) convence-se que o mundo é assim e prontos; e (2) aniquilam cegamente qualquer coisa que possa contrariar a tese anterior, em particular re-utilizando todas as técnicas que os colocaram a boiar.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Onde páram as dívidas

As dívidas dos países ocidentais atravessam todo o espectro, de Sócrates a Bush, passando por Berlusconi. A solução que o "mercado" indica é mesma para todos os países: reduzir o "estado social". Curiosamente, mesmo em países onde ele já é diminuto, como sejam os EUA.

Talvez a realidade seja que as dívidas são o resultado da globalização. O que é duro, para nós ocidentais, é que a globalização tirou da pobreza muitos milhões de pessoas em países como a China, a Índia e o Brasil, mas com o custo duma inevitável redução do nível de vida nos países ocidentais.

A questão em aberto é saber como os países ocidentais vão gerir esta redução do nível de vida.

Será pelo diapasão económico? Em que estrutura social dos países ocidentais irá reproduzir a estrutura da globalização, com empregos muito bem pagos associados à concepção da produção offshore e desemprego ou emprego mal pago para os restantes.

Ou haverá tentativas políticas para encontrar soluções de equilíbrio?

Os governos dos países ocidentais têm cada vez menos mecanismos para tentar eficazmente a solução política.

domingo, 11 de setembro de 2011

Bónus

No seu novo livro, The Upside of Irrationality, Dan Ariely dedica um artigo a tentar perceber qual o efeito dos bónus na produtividade. Este estudo é motivado pela crise financeira e de 2008 e os grandes bónus que os administradores das empresas se auto-atribuíam, e conclui que se o trabalho requerer algum tipo de esforço cognitivo o efeito dos excessivos bónus pode até ser contraproducente.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Commitment and Consistency

Uma férias melhoram quando levamos um livro que nos faz ir a menos um sítio para poder ler um pouco mais.

Nestas férias o livro que retirei de uma pilha de livros por ler chama-se Influence - The psychology of persuasion de Robert Cialdini. Descreve de uma forma muito estruturada as técnicas de marketing, e não só, que manipulam as nossas respostas automáticas.

O capítulo sobre commitment and consistency é particularmente assustador, pois explora a construção da imagem que temos de nós proprios para nos levar a fazer algo que à partida rejeitaríamos. Num dos exemplos, descreve a forma como os chineses, durante a guerra do Vietname, convertiam prisioneiros americanos para as ideias do comunismo. Promoviam concursos entre os prisioneiros para escreverem textos que comparassem o comunismo com o capitalismo. Os textos vencedores eram aqueles que procuravam compromissos, do género, o comunismo não funcionaria nos EUA mas o capitalismo também não funcionaria na China. Depois, estes textos eram várias vezes lidos aos colegas de forma a fortalecer no seu autor uma identificação com o que escreveu. Os chineses tinham o cuidado de nunca oferecer prémios significativos a quem ganhava, para evitar-lhe a sensação de ter sido pressionado.

O resultado é que através de um processo gradual os soldados começavam a identificar-se cada vez mais com essa imagem construída, que persistia mesmo depois da libertação.

Commitment and consistency consegue que gente boa faça coisas menos boas através de um reforço da sua auto-imagem. É apenas necessário "convencê-los" a cometer o primeiro acto, pode ser um simples favor a que só mais tarde é dado o significado que se pretende, depois a coisa anda sozinha.

Assustador.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

The most adventurous entrepreneurs on Earth

Quando a S&P retirou o rating AAA aos Estados Unidos, Obama procurou tranquilizar dizendo que "...we continue to have the best universities, some of the most productive workers, the most innovative companies, the most adventurous entrepreneurs on Earth."

E muito provavelmente é verdade. Mas também é verdade que têm a maior dívida.

Parece que é possível ter ambas as coisas. Parece que ter os maiores empreendedores não compensa não ter a produção industrial localizada no país. Ter os maiores empreendedores alimenta a classe mais alta do país, com o efeito colateral do seu aumento de poder ter levado a que consiga pagar cada vez menos impostos. Não ter a produção industrial localizada enfraquece a classe média, que cada vez tem menor capacidade de intervenção política.

A dívida e os empreendedores podem coexistir numa sociedade em que as diferenças se agudizam.