Blade Runner é um filme de culto, com o seu ser ou não ser segundo Philip K. Dick e as ambiências de Ridley Scott cheias de bazares de lojas de orientais.
Na televisão perguntaram a uma transeunte como tinham sido as suas compras de Natal. Responde que com a crise comprou tudo nos chineses.
A resposta é curiosa pois, por um lado, não contém muita informação, o que se compra no ocidente é na sua maior parte produzido na China, mas por outro lado, dá a entender que comprou produtos baratos, concebidos e produzidos na China.
Ou seja, um ocidente mais pobre tenderá a comprar menos produtos concebidos no ocidente e produzidos na China e passará a comprar mais produtos concebidos e produzidos na China. Perdem-se assim algumas mais valias da globalização, ainda que as mesmas, como estamos agora a constatar, não cheguem para contrabalançar o défice.
Será que ao fundo do túnel há uma loja dos chineses?
E encontraremos lá um ocidente a questionar-se sobre quem é, perseguindo um oriente que dizem não ser, mas que se calhar é?
You think I'm a replicant, don't you?
Okay, bad joke. I made a bad joke. You're not a replicant.
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