quarta-feira, 17 de setembro de 2014

quotidiano

caminhamos ao longo da margem     junto aos pés o som abafado de um gato a beber leite de um mar tranquilizado por uma garganta de pedra     do outro lado a marginal de luz gente e cafés repete a fronteira da água apenas um pouco mais longe mais cautelosa     traçamos uma linha em suave arco de baía que se desenha da direita para a esquerda em contramão desta escrita     apressado passa um cão ainda com afazeres nesta hora já tão tardia     deixamos cair palavras soltas para marcar o ritmo do passo e ficar claro que existe gente entre o mar e a vila     redesenhamos o arco da esquerda para a direita procurando identificar na areia as peugadas que nos levaram aonde agora estamos

17/9/2014

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