sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Neutralidade

Perguntam-me se é possível ser-se neutral. Respondo que deve ser possível, mas provavelmente tem um preço.

Por vezes o preço é alto, e como tal impossível de pagar. À criança Vito Corleone, no início do Padrinho Parte II, não é dada oportunidade de ser neutral. A guerra civil Espanhola está cheia de histórias dessas.

Já nas situações menos extremas o preço da neutralidade é, apenas, não participar no banquete dos vitoriosos. Mas por outro lado não se corre o perigo de ter a sorte dos derrotados. Ou seja, se não nos importarmos de não estar na primeira fila da divisão dos recursos, então é possível ser-se neutral.

Na actual sociedade Portuguesa pode começar a ser cada vez mais difícil ficar neutral (A Construção da Máfia Portuguesa I , A Construção da Máfia Portuguesa II), porque os recursos escasseiam e a sorte dos neutrais não diferirá da dos derrotados.

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