quarta-feira, 31 de dezembro de 2014
quotidiano
um quarto cheio de linhas finas e rápidas umas largas e pastosas outras todas devotas do mesmo objetivo debruçam-se sobre o puzzle cruzam-se experimentam os encaixes um a um na cegueira de quem sabe o que faz planeando as finas cortam as pastosas deixando rastros da memória da interseção teimam em recruzar-se mais à frente na inconsequência da corrida insistem em estar ali num quarto cheio de riscos
domingo, 21 de dezembro de 2014
quotidiano
caminhamos guiados por fios pintalgados de brancos de contínuas interrupções que nos levam à forma oca de luz luzes que ora escondem ora inventam a árvore
terça-feira, 16 de dezembro de 2014
quotidiano
o vai-vem de um pincel sem mão um risco sobre o anterior outro logo mais à frente ajeita um pouco atrás riscos que se reforçam e contradizem-se afirmam-se e não deixam escapar nada feitos de corridas e súbitas paragens pairam a olhar para o seu traço para o que ainda não está escrito seguem e traçam a cópia
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